A Bahia mantém liderança na geração de empregos no Nordeste

18/03/2024

A Bahia ocupou a primeira posição na geração de empregos com carteira assinada no Nordeste, no mês de janeiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 4.821 postos com carteira assinada no período, com destaque para o setor de serviços.

O estado mantém a tendência registrada em 2023, quando também liderou a geração de empregos formais na região. Foram 71.922 postos de trabalho com carteira assinada, ano passado (883.696 admissões e 811.774 desligamentos), ficando à frente dos estados do Ceará (+53.954 vínculos) e de Pernambuco (+51.541 postos).

A evolução dos índices trimestrais ao longo do ano passado mostra que, internamente, o estado diminuiu o desemprego progressivamente até o 4º trimestre de 2023, fechando o ano com média de 13,2% - o menor índice em oito anos, embora ainda superior à média nacional de 7,8%.

Houve crescimento em todos os setores, com destaque para o de serviços, com a geração de 47.795 postos de trabalho, seguido do comércio (+14.900), agropecuária (+6.002), indústria (+2.479) e construção (+748).

Essa evolução positiva de diminuição na taxa de desemprego e aumento na geração de emprego encontra sintonia com a trajetória dos índices aferidos no Brasil, o que pode representar a contribuição exitosa na forma de gerir políticas públicas para geração de emprego e renda nos âmbitos nacional e estadual.

Comparativamente ao desempenho do País nos índices trimestrais móveis da Pnad Contínua, apesar de representarem períodos ligeiramente distintos de medição, fica evidente uma movimentação similar de estabilidade e queda do desemprego na Bahia e no Brasil. No caso do Brasil, o índice de desemprego no trimestre móvel de novembro a janeiro de 2023 era de 8,4% e desceu a 7,6% no mesmo período encerrado em janeiro deste ano.

Em relação ao Caged/MTE, assim como a Bahia, os números do Brasil são positivos com a geração de mais 1.483.598 milhão de empregos formais no acumulado do ano de 2023 (23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos).

Emprego e Renda - Os índices positivos no estado refletem a contribuição de políticas públicas que favorecem a atração de investimentos e a geração de emprego e renda. Neste segundo caso, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) tem contribuído com qualificação de mão-de-obra e facilitação para inserção no mercado de trabalho, bem como no fomento ao empreendedorismo.

São programas como o Juventude Produtiva, que qualifica e possibilita a oportunidade de geração de trabalho e renda para milhares de jovens, sobretudo negros e negras. O programa reúne 11 projetos de qualificação profissional e beneficiou mais de 17 mil jovens com idade entre 16 e 29 anos, estudantes ou egressos da rede pública escolar, somente em 2023.

 

Foto:Yago Matheus/Ascom Setre
                                                                                                                                                                                            Foto: Yago Matheus/Setre

 

Outro exemplo são as ações subsidiadas pelo Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), que já destinou mais de R$ 40 milhões para 82 projetos, oportunizando a milhares de pessoas qualificação para inserção no mercado ou ter seu próprio negócio e gerar renda. 

Investimento – Em paralelo à formação de trabalhadores, a atração de investimentos para o estado é responsável pela abertura de novos postos de trabalho. De acordo com dados do Governo do Estado, de janeiro a setembro de 2023, um total de 49 novos empreendimentos foram  implantados na Bahia, gerando cinco mil empregos.

A previsão é a de que o número de postos de trabalho sejam ampliados com a atração de novos investimentos. Somente a montadora chinesa Build Your Dreams (BYD) deve contabilizar 10 mil postos de trabalho na Bahia, entre empregos diretos e indiretos. Outros países devem firmar parcerias com a Bahia para investimentos a partir de 2024 a exemplo dos Emirados Árabes (produção de diesel verde), Alemanha e Espanha (energia renovável).

A capacidade de atração de investimentos externos tem forte relação com infraestrutura no estado, que conta com a parceria do governo federal para serem efetivadas. Um exemplo é o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que somente para a Bahia deve destinarcerca de R$ 89,5 bilhões, segundo anúncio da Casa Civil em janeiro deste ano.

Para a infraestrutura, o Novo PAC destina R$ 10,6 bilhões para rodovias, em manutenção, obras públicas e concessões; R$ 17,7 bilhões para ferrovias e portos; R$ 373 milhões para aeroportos e hidrovias. 

 

 

 

Fonte: Ascom Setre